terça-feira, 8 de outubro de 2013

NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO RJ E RS E Á LUTA DOS PROFESSORES.


"Eu tenho a cara e o coração limpos porque minhas mãos não estão sujas de sangue, minhas mãos estão sujas e calejadas de giz!" Depoimento de uma professora 
do Rio.







Recentemente, os professores das redes estaduais e municipais do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul têm atuado em uma heroica luta contra a política de precarização do trabalho docente e da educação imposta pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB/RJ) e os governos de Sérgio Cabral (PMDB/ RJ), e Tarso Genro (PT/RS). Políticas essas que são evidenciadas tanto pelo não cumprimento do piso salarial (como é o caso do RS) até a insuficiência no processo de reajuste salarial e no plano de carreira dos professores do Rio de Janeiro.

No dia 26 de Setembro de 2013, na cidade de Porto Alegre, alguns militantes foram presos de forma arbitrária e intransigente, após uma manifestação, simplesmente por estarem carregando uma bandeira do sindicato. Mesmo soltos esses manifestantes estão sofrendo um processo de assédio dentro do ambiente de trabalho, além de estarem sendo taxado de vândalos e criminosos. Os desdobramentos desta prática é o que temos visto nas greves e manifestações populares ao longo desse ano, prisões arbitrárias, desaparecimento de pessoas, e forjamento de provas. Outro fato que mostra a tentativa de criminalizar os movimentos sociais em Porto Alegre se deu na última terça (01 de Outubro) quando o Ateneu Libertário A Batalha da Várzea foi invadido e teve seu espaço revirado pelas forças de Tarso (segunda invasão em menos de quatro meses) num ‘caça ás bruxas’ daqueles que lutam contra a tirania estabelecida no Rio Grande do Sul.

Já no Rio de Janeiro, os professores que estavam em greve desde o início de agosto decidiram ocupar a Câmara de Vereadores como forma de pressionar a administração municipal para avançar na negociação acerca do plano de carreira. No último final de semana, a PM agiu de forma truculenta retirando os manifestantes ocupados sob o efeito de gás lacrimogênio, cassetetes, balas de borracha e bomba de efeito moral; deixando dezenas de feridos que queriam/querem ‘apenas’ uma melhoria na educação pública carioca.

O Movimento Não Pago vem por meio dessa nota, prestar solidariedade a luta dos professores e repudiar a ação da polícia e dos respectivos governos que utilizam dessas práticas para criminalizar os movimentos sociais que lutam por direitos. Acreditamos que essas práticas repressoras e de criminalização são mecanismos utilizados para impedir as mobilizações e manter a ordem imposta pelo sistema capitalista.

Toda solidariedade aos professores que foram presos no Rio Grande do Sul, e aos professores reprimidos pela polícia no Rio de Janeiro.

Movimento Não Pago, 08 de Outubro de 2013

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