Na tarde desta
quarta-feira (15/05), integrantes do Movimento Não Pago foram às ruas de
Aracaju protestar contra o aumento da passagem de ônibus de R$ 2,25 para R$
2,45. A manifestação ganhou a adesão de vários estudantes e trabalhadores que
se encontravam no centro da cidade. Os cerca de 150 manifestantes fizeram um
cortejo pelas ruas do centro de Aracaju para denunciar as fraudes no cálculo da
tarifa e a forma truculenta como o prefeito João Alves Filho e a Câmara de
Vereadores conduziram o processo de aprovação do aumento.
O ato se iniciou na Câmara de
Vereadores, onde os manifestantes fizeram gritos de ordem e distribuíram
panfletos denunciando os vereadores que votaram a favor do aumento. Todos os
vereadores da bancada do prefeito João Alves Filho, exceto o que se ausentou da
votação, aprovaram o reajuste sem fazer qualquer discussão embasada. Além
disso, o processo de votação foi completamente antidemocrático. “A população
foi impedida de assistir a sessão por ordem do presidente Vinícius Porto (Dem),
que convocou um contingente da Guarda Municipal para proibir a nossa entrada. Insistimos
em garantir o nosso direito e a Guarda nos atacou com spray de pimenta”,
lamenta João Paulo, estudante e membro do Movimento Não Pago.
Os manifestantes seguiram até a
Avenida Barão de Maruim dialogando com estudantes e trabalhadores, que aderiram
ao ato e também mostraram sua indignação com o aumento da passagem de ônibus.
Mesmo sendo a menor capital do nordeste e tendo um transporte coletivo
sucateado, Aracaju possui a 2ª tarifa mais cara da região.
De acordo com Demétrio Varjão,
economista e membro do Movimento não Pago, o motivo para o transporte coletivo
ser tão caro em Aracaju são as fraudes contidas no cálculo da tarifa. “O cálculo feito pelo Setransp e SMTT inclui na tarifa custos que
não existem, como: gastos com câmara de ar e protetores de câmara de ar, quando
a frota de ônibus de Aracaju se utiliza de pneus com tecnologia sem câmara de
ar. Outra grave irregularidade contida nas propostas da SMTT e Setransp é a
inclusão de gastos com salários de cobradores em micro-ônibus e micrões, sendo
que nesses veículos só há um profissional realizando as duas funções. Se for
feita uma auditoria da planilha e forem retirados os custos que não existem, o
valor da tarifa, ao invés de aumentar, deve ser reduzido imediatamente para R$
1,82”.
Após
interromper o fluxo de trânsito na Barão de Maruim, os manifestantes seguiram
protestando pela Avenida Ivo do Prado, bloqueando uma das vias e conversando
com os usuários do transporte coletivo que se encontravam nos pontos de ônibus.
Nos últimos anos, o valor da passagem
aumentou mais de 150%, mas a qualidade do transporte só vem piorando. “A maior
parte da frota de ônibus circula em condições precárias. Convivemos com ônibus velhos,
quebrados, sujos e superlotados. No entanto, os empresários do transporte, que
exploram o serviço ilegalmente, pois não há licitação, pediram mais um aumento,
e mesmo com todas essas irregularidades, o prefeito João Alves Filho e a Câmara
de Vereadores os atenderam” explica Flávio Valério, desempregado e integrante do
Movimento Não Pago.
Estudantes secundaristas se somaram à
manifestação, e também protestaram contra a conivência da prefeitura e SMTT que
permitem que as empresas de ônibus descumpram várias leis municipais, que
garantem direitos aos usuários de transporte, como as leis que garantem 1/3 do
valor da tarifa para os estudantes do município, lotação máxima de 80 pessoas
por ônibus, bem como a legislação que garante passe livre aos desempregados.
O ato se encerrou no terminal do
Centro, onde os manifestantes dialogaram com os usuários do transporte coletivo
e com os trabalhadores rodoviários, convidando-os a participar das lutas contra
o aumento da passagem de ônibus e a favor de melhorias no transporte coletivo.
“A população não aceitará esse roubo
passivamente. Mesmo que o poder público esteja a favor dos empresários, o povo
de Aracaju está dando provas de que está cansado de ser tratado como gado, e
quer acabar com esse sistema de transporte privatizado, que é completamente
falido para nós, mas muito lucrativo para os empresários do setor”, desabafa
Gustavo Fontes, advogado e coordenador do Movimento Não Pago.
A próxima
manifestação ocorrerá nesta sexta-feira (17/05), às 15h, com concentração na
praça da catedral.
"quer acabar com esse sistema de transporte privatizado, que é completamente falido para nós"
ResponderExcluirQuem disse que é privatizado?
É TERCEIRIZADO!
Ou seja, o próprio Estado garante que as empresas possam fazer isso, é um cartel de preços também.
Se não gosta desse serviço o pior culpado é o Estado. Será que isso acontece por exemplo em Hong Kong, a economia mais livre do mundo? Claro que não. Hahahaha
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ResponderExcluirIn a year, ford fusion titanium 2019 the apple watch stainless steel vs titanium TITANATIAN television platform has become the biggest gambling rainbow titanium platform titanium vs platinum in titanium white wheels the world.